Polissemia (equipe 2)

O que é Polissemia?

      

Ela pode ser definida como um fenômeno corrente nas línguas naturais. É a propriedade que uma palavra ou expressão tem de apresentar vários sentidos, além de seu sentido original. A polissemia é possível porque o sentido da palavra não muda totalmente, ou seja, há certa relação entre os sentidos que ela apresenta nas diferentes situações. A polissemia representa a multiplicidade de significados de uma palavra. Portanto, um termo polissêmico é aquele que pode apresentar significados distintos de acordo com o contexto. Apesar disso, eles têm a mesma etimologia e se relacionam em termos de ideia.

 A polissemia pode ocorrer em diferentes processos sendo:

Polissemia por metonímia: A distinção entre estes dois processos semelhantes assenta no fato de a metáfora estabelecer relações de similaridade, ao passo que a metonímia se edifica sobre relações de contiguidade. Ambos os processos contribuem decisivamente para a criação, por extensão, de polissemia, nas línguas naturais.

Polissemia por efeito de estereótipo: A LGP conta com vários recursos para a formação de nomes concretos e comuns.  Processos que acontecem a partir de um ícone consensualmente representativo

Polissemia por contato linguístico: Se dá através do contato entre a LGP e a língua portuguesa escrita. Ocorre uma relação intencional e racional entre as várias acepções de um item (gesto/palavra) linguístico.

 Polissemia por sinonímia imagética: Um dos processos de “reciclagem” de gestos para referentes inexistentes foi aquele que pensámos encontrar através da imagem visual.

 

Juntos  observaremos um exemplo e tirar um pouco dessa dúvida:

 

 

O que podemos ver no quadrinho acima é um menino que está indignado com uma vendedora, ora, por que? Bem, se verificarmos a polissemia do verbo “trocar”, vamos poder ter uma ideia do que ele quer nos transmitir. Pelo fato do verbo ter a representação semântica de mudança de uma coisa por outra, mantem-se o mesmo contexto sobre trocar as próprias roupas íntimas ou, por se tratar de uma loja, trocar as peças compradas pelos clientes por outras de escolha dos mesmos. Uma vez que ocorre o mesmo sentido semântico do verbo “trocar”, ocorre a polissemia, os vários significados atribuídos a uma mesma palavra, ou seja esse significado vai variar de acordo com o contexto em que a palavra está inserida. No caso do quadrinho como já foi dito, ocorre a polissemia de uma forma semântica na colocação do verbo "trocar", onde o mesmo está presente em um único contexto, mas com significados diferentes.

Sendo assim a palavra: “trocar” podemos utilizar as sentenças;

Ø  S1: trocar objetos comprados

Ø  S2: trocar roupa íntima

Quando ela diz que não troca ela mobiliza o S1, o objeto que foi comprado, porém o garoto entende que a vendedora não troca as roupas que está usando.

 

É hora de exercitar.... 

Vejamos a próxima tirinha

 



 

Observe a conversa de um garçom com um cliente em um restaurante:

- Como está a costela?

R: me dói um pouco

- Eu quis dizer a da vaca

R:E eu lá sei?

Você acha que eu tiro radiografia das costelas que eu cozinho?

- Pois deveria.

A vaca é um ser humano como outro qualquer.

 

Diante deste diálogo, destaquem as palavras que vocês julgam serem polissêmicas, digam quais são os S1 e S2 para elas. Ao observarem o exercício, exponham suas opiniões sobre ele, e tragam exemplos de outras expressões que vocês julgam ser polissêmicas. Está aberto ao pronunciamento de todos, vale também expor suas dúvidas.

Comentários

  1. Incipiente quero ao grupo congratular pelo esforço e pela elaboração dessa questão, que penso, que é pertinente para o estudo da semântica e pragmática!
    Olhar atento a tirinha supracitada, pode-se depreender que o termo que destilou ambiguidade do sentido na interação cosida entre o garçom e cliente, com certeza esse termo é "COSTELA", como pode-se perceber, esse termo é polissêmico, podendo gerar vários sentidos dependendo do contexto, é claro. Exatamente, é isso que ocorreu quando na S1 o locutor inqueriu ao alocutório: "Como está a costela?" E este, por sua vez, percebeu o termo "Costela" da maneira diferente da que o locutor lhe havia direcionado, por isso que na S2 o interlocutor replicou-lhe, não obstante com uma resposta, completamente, distanta "Me dói um pouco" pensando que o locutor referia ao arco ósseo que forma a caixa torácica. Sendo que do contexto a que o locutor referia não o ficou bem evidente, isto é, ele não percebera antes que o interlocutor falava da "COSTELA DA VACA" , visto que o termo é polissêmico podendo referir a várias coisas a depender do contexto comunicativo na qual será inserido.
    percebe-se, portanto, que o facto da palavra "costela" ser polissêmica, susceptível a vários sentidos, contrubuiu para que a personagem ficasse sem depreender de qual seu interlocutor indagava.
    ANTÓNIO N'RUNCA

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    1. Excelente Antônio, além da palavra COSTELA, há outra que pode mobilizar outro sentido, qual seria?

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  2. Olá a todos, espero que estejam todos bem.
    Então, na tirinha apesentada para a analise e resolução da atividade proposta, fica evidente que a palavra 'costela' apresenta mais de uma significação- um fato linguístico a que chamamos de polissemia-, 'costela' neste contexto compreendido por este fator linguístico presente na tirinha permite o surgimento da intenção irônica na construção do dialogo entre o garçom e o cliente. Num primeiro momento, diante da pergunta do cliente o garçom entende que este demonstra preocupação com sua condição física, - algum mal-estar -, e em seguida ocorre a explicação para a real intenção do cliente ao se referir a 'costela da vaca' comercializada para o consumo humano.
    São varias as possibilidades de apresentar/identificar um exemplo de polissemia, mas focaremos nas frases seguintes:
    Precisamos entender qual é o nosso PAPEL em tudo isso.
    (Papel = Função)
    Depois de ler a carta, colocou o PAPEL sobre a mesa e chorou.
    (Papel =lugar onde se escreve)


    por; Janael Teixeira...

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  3. Saudações a turma! E parabenizo a equipe pelo excelente trabalho feito. E no que tange a atividade solicitada a partir do diálogo presente na tirinha acima, percebe-se claro que o termo causador de muitos significados na conversa é “COSTELA” apoiado pelo verbo “ESTAR”. No entanto, o cliente ao perguntar, usou o termo COSTELA, isto é, referindo à costela da vaca, enquanto que o garçom, por sua vez, entende essa “COSTELA” como se o cliente estivesse a lhe perguntar da sua própria costela, ou seja, de uma das partes do seu corpo. Por um lado, achei o uso de verbo “ESTAR,” um pouco inadequado nesse contexto, uma vez que possui a idéia como de expressar uma circunstância passageira ou certo estado temporário.

    Ainda nesse dialogo podemos perceber quanto é importante o uso de termos acessórios para especificar ou delimitar a nossa intenção comunicativa, sobretudo, quando formos usar qualquer termo possível de várias interpretações. Talvez se a pergunta do cliente tivesse o termo acessório, e sendo por exemplo, “como está a costela da vaca,” deletava as possíveis interpretações mesmo tendo esse verbo ESTAR.

    Para ultimar, trouxe outro exemplo cujo uso de termo polissêmico, como em seguida vamos ver:

    João, pegaste alguma cousa no banco?

    No entanto, já que é alguma cousa (inconcreto e indefinido) torna ainda mais difícil saber qual é tipo do banco a que se refere. Portanto, podemos dar as seguintes hipóteses: a) alguma cousa em cima do banco de carpinteiro; b) alguma cousa no banco de areia; c) no banco do Brasil (Empresa que adianta e recebe fundos, desconta letras, títulos, facilita os pagamentos por meio de empréstimos, realiza quaisquer transações de valores).

    Wilson Miguel

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    3. Excelente! Wilson. Mas, tenho uma dúvida a respeito de alguns pontos que o senhor levantou, por que é que considera o verbo estar inadequado ao contexto? seria porquê o verbo "estar" só se expressa a ideia de estado temporal conforme a sua fala "a idéia como de expressar uma circunstância passageira ou certo estado temporário", e se for isso, como explicaríamos o uso de verbo "estar" na seguinte frase: "estou morrendo de amar a minha esposa".

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    4. Sei que a pergunta foi pro Wilson Midana, mas será que o verbo estar na frase "estou morrendo de amar a minha esposa", também não exprime uma emoção ou sentimento que pode ser passageiro. Estamos bem filosóficos, por aqui! :)

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  5. Boa noite. Parabéns ao grupo pelo trabalho maravilhoso. Percebe que a tirinha foi uma estratégica bastante criativa, pois os discentes devem interpretar bem o contexto, na qual a palavra está inserida. Na tirinha como já explicada pelos os colegas, fica claro que a palavra “costela” apresenta mais de uma significação que é o assunto do trabalho. A palavra “Costela” no primeiro momento a personagem pensa que ele está se referindo a dela, ou seja, do ser humano. Mas no segundo momento o personagem fala que está se referindo a do animal, criando assim sentidos contraditórios para ambos. Então nota-se um diálogo sem entendimento do sentido da palavra “costela”, por não ter um contexto adequado, e por falta de termos necessário para uma comunicação. Finalizo com um exemplo:
    1- A mãe vela pelo sono do filho doente.
    2- O barco à vela foi movido pelo vento.
    É notável que a palavra “vela” é polissêmica porque pode apresentar vários sentidos de acordo com o contexto em que é empregada. Na primeira oração, a palavra vela é uma conjugação do verbo velar, ou seja, ficar em vigília; já na segunda oração, vela refere-se ao pano resistente que é preso aos mastros das embarcações para fazê-las andar.

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    1. Kethilly você trouxe um exemplo maravilhoso, acredita que não é uma polissemia? Pois é, trata-se de um exemplo de homonímia, assunto da aula do dia 22 de setembro, a homonímia se diferencia da polissemia porque há diferença não somente no sentido, mas na classe gramatical.
      1- A mãe vela pelo sono do filho doente.
      2- O barco à vela foi movido pelo vento.
      No exemplo 1, temos um verbo, no 2, temos um substantivo, portanto temos palavras homonimas.

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  6. A polissemia encontra-se na palavra "costela" evidente em ambas as sentenças. O que acarreta a confusão de sentidos mencionados pelos personagens em que 1 ("me dói um pouco") refere-se ao físico humano e na 2 ("Eu quis dizer a vaca") o personagem falava sobre a do animal. Outro exemplo a se dar seria:

    - Que tempo bonito para ir à praia.
    - Há quanto tempo não nos víamos!

    Em que a palavra "Tempo" é usada em contextos diferentes. Ao analisar a S1, percebe-se que é utilizada para comentar o clima com sol que costumamos ir à praia. Na S2 é utilizada para se referir ao tempo que se passou, relativo à horas, dias ou anos.

    Jessica Renata.

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  7. Parabenizo nossos colegas, pela bela participação.
    Trago um pouco do desenvolvimento que também vi nessa tirinha, onde nós atentamos apenas a palavra costela, porém tem outra que muito me intriga...
    No exemplo acima, é nítido que há uma relação semântica na das personagens porém ao se referirem “costela” um deles entende que se trata da parte do corpo humano, que no caso seria o seu machucado, enquanto o outro se referia ao cozido do animal que seria a vaca, e por falar em vaca o freguês menciona vaca como um ser humano, porém em nosso entendimento sabemos que a vaca é um animal, até o próprio Garfield percebeu que o desenrolar da conversa já estava ficando estranho. Isso define que estes termos fiquem assim:

    Polissemia é a propriedade semântica das unidades lexicais ou dos morfemas que possuem mais do que um significado.

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    1. Concordo com você, Lucas. Ao ler a tirinha fiquei um pouco confusa, por mais que esteja explicito na conversa que a palavra “costela” seria termo polissêmico, eu fiquei pensando que a palavra vaca é mencionada como ser humano qualquer, ou seja, ela estaria no lugar de pessoa. Mas na minha percepção vaca é apenas um animal não um ser humano, porem como visto na aula passada o conceito de hiponímia. Será que a palavra “vaca” também poderia ser considerada como hiponímia? Já que o significado de vaca implica o significado de animal.

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  8. Bom dia turma!
    antes de fazer meu comentário, gostaria de parabenizar a equipe pela atividade!
    Como já foi dito, o termo polissêmico da tirinha é a palavra "COSTELA". que foi falado em um sentido e entendido em outro. quando o cliente pergunta como está a costela, o garçom entendeu que o cliente estava se referindo a sua saúde enquanto a uma parte de seu corpo humano.
    em nosso cotidiano podemos nos deparar com varias situações em que podemos nos deparar com palavras polissêmicas, e aqui vou citar um exemplo de termo polissêmico:

    S1-vou te esperar no banco
    R- ok!
    S2-aproveita e faz o saque!
    R- o banco que estou me referindo é o da praça.
    R- a ok! achei que fosse o banco, instituição financeira.

    como podemos ver a palavra Banco também é polissêmica, na S1 a pessoa se referiu que ia esperar no banco da praça e a S2 achou que seria o banco instituição financeira, por isso pediu para que fizesse o saque.

    Wellington Brito e Souza

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    1. Ótimo exemplo Wellington, gostaria de saber de você e da turma com quais efeitos de sentido podemos usar a polissemia?

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  9. Boa tarde a todos!
    Parabéns a equipe, pelo o excelente trabalho. Como já explicado( e por sinal, muito bem), já sabemos o que é polissemia, e qual sua função dentro das sentenças.
    Partindo do príncipio dos exemplos citados, é possível perceber que a polissemia, encontra-se na palavra "costela". Nesse sentindo, acabou gerando uma "pequena" confusão de entendimento, relacionado ao contexto da conversa. Quando por exemplo o personagem 1 pergunta " como está a costela" e o personagem 2 que é o garçom, no seu entendimento, pensou que era a pergunta estava relacionada a sua Saùde. Quando o mesmo responde: " me dói um pouco". Nesse contexto, o cliente estava perguntando, sobre a costela da vaca, e não sobre a costela do garçom.
    Citarei essas duas frases, e verifiquemos, o termos polossemico nas sentenças.
    S1 " a mãe vela pelo o sono do filho doente"

    S2 " o barco à vela foi movido pelo o vento"
    Nessas duas sentenças, polissemia acarreta na palavra vela. Isso, traze um sentido diferente, diante do contexto das duas frases. Na S1. Vela , ttqz o sentido de cuidar.
    E na S2 traz o sentido de quê o vento, destruiu o barco a vela. Ou seja, contexto diferentes, situações diferentes. Porem, com a mesma palavra "vela".

    Por: Zilanda Araújo


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    1. Assim como a palavra vela nesses dois exemplos, a palavra cobra, ora como verbo, ora como animal também assume um status semântico diferente da polissemia, pois há a mudança de classe gramatical, desse modo, temos um exemplo de homonímia.

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  10. Saudações! Aos colegas da turma. Gostaria, em primeiro lugar, parabenizar a equipe que elaborou o presente trabalho.
    Falando na polissemia como muitos colegas apontaram que é palavra, ou uma propriedade semântica de uma unidade lexical/morfêmica que pode ter vários significados a depender do seu uso num determinado contexto. Ainda gostaria de ressaltar que vários estudos apontam que a polissemia vem do grego, isto é, "poli" que significa "muitos" ou "vários", e "semia/sema" que quer dizer " sentido".
    Com base neste conceito que foi trazido pela equipa e a proposta de atividade da tirinha. Neste exemplo apresentado, entendo que a polissemia encontra-se na palavra "costela", que deu acarretamento na S2 outro significa, logo, um termo significa duas coisas no diálogo da tirinha, como muitos já frisaram. Mas, gostaria de enfatizar uma coisa muito importante no diálogo, o uso de verbo estar, porque se percebe que este verbo condiciona ao coenunciador a responder outra coisa, que não era da cognição do enunciador, e isso, portanto, gera uma polissemia do termo "costela" na tirinha. Ainda, poderíamos examinar outras motivações cotextuais e contextuais, que fazem com que a sentença da coenunciador significasse outra coisa através dum gerenciamento polissêmico. Finalizo com um termo polissêmico muito conhecido, como exemplo:
    A manga da minha camisa é muito bonita.
    Estou comendo a minha manga.
    É verdade que, as duas sentenças têm significados diferentes (quer dizer, o termo da manga da S1 significa uma parte da camisa e na S2, o termo significa a fruta), portanto, temos um termo polissêmico, e ainda poderíamos sugerir vários exemplos com esta palavras, porque ela não se restringe a este determinado contexto específico.

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    1. Excelente explicação Midana, seu exemplo é muito produtivo, sabia? No bom e velho cearês teríamos um caso de homonímia se a a palavra manga... quem responde aqui?

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  11. Olá, turma! Gostaria de parabenizar a equipe pela produção do conteúdo do blog.
    Para a construção da minha resposta, eu gostaria de organizá-la de acordo com cada pergunta proposta:
    1)Como apresentado, tendo em vista que a Polissemia ocorre quando um termo/palavra pode possuir diversos sentidos e que sua interpretação está de acordo com o contexto. Pode-se perceber que dentro da tirinha a palavra “Costela” corresponde ao fenômeno polissêmico. Pois abre para interpretações, em que o emissor (cliente) se refere a “Costela” como costela da vaca, que é o prato do menu, e o receptor (garçom) interpreta o sentido de “costela” como parte do corpo humano. Portando, o sentido da palavra “costela” na tirinha pode ser utilizada em sentenças como:
    S1: Costela da vaca. (Ao que se refere o cardápio)
    S2: Costela do corpo humano. (Ao que se refere o estado de saúde do garçom)

    2) Dentro da Língua Portuguesa encontramos vários termos polissêmicos. Como por exemplo a palavra “Dama” em:
    a) Comprei flores para a dama! (Dama=Moça)
    b) Perdi no jogo de dama! (Dama=componente do jogo)
    Portanto, podemos afirmar que “Dama” é polissêmica e que sua interpretação necessita do contexto.

    3) Sim, eu tenho uma dúvida. Considerando a diferenciação entre Polissemia e Ambiguidade, podemos entender que a frase “Como está a costela?” também seria ambígua?
    Já que a frase não especifica exatamente do que se trata a costela, podendo ser confusa, tanto que o garçom após saber que se travada da costela da vaca, ainda respondeu “Você acha que eu tiro radiografia da costela...” mostrando que ainda estava confuso com a pergunta, pois poderia ser sobre qual o ponto da carne ou se ainda tem costela para servir. O correto para melhor interpretação seria “Como está o ponto da costela da vaca?” ou “Ainda estão servindo costela de vaca?”.

    Por: Joanna Darck

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    1. Boa questão Joanna, pra começar é importante falar que a ambiguidade pode ser dada como polissemia sim, mas a grande diferença entre as duas, é que a ambiguidade deixa uma confusão, e mesmo tendo um ou mais sentidos mobilizados, o interlocutor continua sem saber qual sentido é o mais adequado, porque o cotexto linguístico ou mesmo o contexto não reduzem os ruídos. Ex. Ela pediu para ele cortar o o seu cabelo. Nesta frase, a palavra "seu" pode ser atribuída a "ela" como a "ele", então, nós conseguimos saber quem vai cortar? Acho que não, então é um pronome, nessa frase, que assume um status ambíguo.

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  12. Parabéns a equipe!!!Repassou muito bem o conteúdo.
    Pelo contexto da palavra "costela" na primeira situação que já foi mencionado pelos outros colegas o garçom achava que era a "costela" dele . No segundo momento o cliente pergunta pela "costela" da vaca, por ser um restaurante acredito que era pra saber o sabor dessa "costela" e não se a "costela" da vaca estava bem, por isso, polissêmica realmente com mais sentidos e que remete também um pouco de humor.
    Exemplo: "Vendo o pôr do sol.
    Quanto custa o pôr do sol?
    Não está a venda.
    Eu estou vendo o pôr do sol."
    Estava uma semana atrás querendo entender a polissemia, fiquei me questionando, vi explicações mais ainda não foi suficiente.
    Quero perguntar a equipe. No exemplo acima tem polissemia?
    O verbo vendo com sentido de vê no primeiro momento e no segundo momento com sentido de vender, posso dizer que é uma Polissemia ou ambiguidade?

    Por: Jarline Oliveira

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  13. A polissemia sucede quando o sentido de uma palavra apresenta vários sentidos diferentes. Sendo assim esse termo “costela” se é refere a uma parte do corpo da vaca, já em outra instância “costela” é interpretada como uma parte do corpo do ser humano. Também na palavra “costela” mostra alterações de sentidos, que a meu ver gera uma certa ambiguidade, talvez seja por isso que na tirinha o personagem tenha dificuldade de perceber de que costela o interlocutor estava falando. Tendo em vista aos termos polissêmicos exponho o seguinte exemplo:
    A) A boca da garrafa pode estar aberta.
    B) Maria continua batendo boca com sua Irmã.
    C) Você pode fechar a boca?
    Na oração “A” a boca da garrafa menciona a abertura de um vasilhame, no mesmo momento que na oração “B” boca tem um sentido de discussões ou provocações, já na oração “C” se alude que seja uma parte do corpo. No entanto, nas três orações a palavra “boca” se relaciona com determinadas funções de abertura ou fala.
    Por: Rita de Cassia

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  14. Parece- me que a palavra "Costela" trata- se de um termo polissêmico, justamente por abarcar significados distintos.
    observa- se no S1, "Como está a costela?", um efeito de sentido de ironia, na medida em que o interlocutor utilizou o verbo "está", quanto no S2, " me dói um pouco", a compreensão e a interação verbal ainda não foi possível entre os interlocutores, mas o sentido e a ideia que pretende-se expressar referente "Costela", só passa a ser compreendida quando o interlocutor diz: "Eu quis dizer a da vaca."

    Vejamos alguns exemplos de Polissemia:

    1. A letra da música do Chico Buarque é incrível.
    2. A letra daquele aluno é inteligível
    3. Meu nome começa com a letra A.

    Logo, constatamos que a palavra "letra" é um termo polissêmico, visto que abarca significados distintos dependendo de sua utilização.

    Assim, na frase 1, a palavra é utilizada como "música, canção". Na 2 significa "caligrafia". Já na oração 3 indica a "letra do alfabeto".

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  15. No diálogo em referência, destaca-se a ideia de que há termos polissêmicos em questão. A palavra "costela" causa efeitos diferentes para as dadas interpretações por parte de um dos falantes (o garçom). Assim, quando o cliente fala "como está a costela?" causa sentido diferente para o garçom. O mesmo pensa que a "costela" se referia à sua, não imaginava que o cliente estava a se referir à carne da vaca. Então, S1 seria "costela da vaca". Sendo S2 "costela humana". Assim, poderíamos acrescentar a ideia de que a frase " a vaca é um ser humano como outro qualquer" é polissêmica também. Em que a ideia central de tal frase é afirmar que a vaca possui ossos, carne, estrutura. Características que qualquer ser humano possui. Desse modo, S1 nesse caso seria "a vaca possui a mesma estrutura ossaria igual a um ser humano". E S2 seria " a vaca é igual a um ser humano". Ademais, temos outros termos que acrescentam-se à essa ideia. Podemos citar a frase" Renato é roliço", isto é, afirma-se que Renato é gordo. Causa-se, nesse caso, polissemia de sentidos. Alguém, fora do contexto de determinada comunidade, poderia pensar que Renato teria funções roliças para determinadas atividades.

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  16. Marciano Butiam Có

    O Cliente na intenção de perguntar a qualidade da comida especificando como a costela, queria saber do sabor ou qualidade do prato, mas o garsom talvez pensando na dor física dele especificamente na costela entendeu que o cliente está perguntando pelo seu estado físico.
    vendo o cliente que o garsom falava de si mesmo não deu importância, mas quis saber do prato, então lhe disse que era costela da vaca, mas com a resposta do garsom dizendo que ele tira radiografia da costela que cozinha, o cliente sendo sarcástico diz que deveria, porque a vaca é como uma pessoa qualquer outra, assim chamando o garsom de vaca.
    Claro que a vaca não é um ser humano, mas devido a resposta do garsom dizendo que não tira radiografia provocou esse sarcasmo do cliente.

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  17. Na conversação houve ligação de uma conversa que ligou outro sentido, que entra na mesma palavra costela. Há uma interavidades no contexto e ligar um para outro sentido.

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  18. Queria dar os parabéns a equipe pelo trabalho e pela atividade proposta que facilita a compreensão de polissemia, uma boa ideia o uso das tirinhas pois é um modo divertido de se aprender.
    No diálogo da tirinha proposta como exercício vejo que a palavra polissemia seria "Costelas" por ela se encaixar em dois contextos o das costelas da garçonete que doem e as costelas da vaca que está sendo servida, então nesse caso a palavra "Costelas" pode ser utilizada nas seguintes sentenças:
    S1: as COSTELAS da vaca que estão sendo servidas.
    S2: as COSTELAS da garçonete que doem.
    Quando o cliente pergunta sobre as costelas ele movimenta S1 que são as costelas da vaca que está sendo servida,mas a garçonete entende que ele está perguntando sobre suas próprias costelas e por isso responde que elas doem.

    Ass:Bárbara evellyn

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